eu nunca gostei de dezembro. nunca gostei de natal. nunca gostei de ter que empacotar as experiências, de ser Pollyana.
nunca gostei de praia, nem de gelatina. sempre comi a bala kids mordendo, sob ameaças e riscos de quebrar os dentes.
nunca gostei de fim de ano, de refletir, de comer torradinha e esperar pelo pernil e o purê de maçã, logo ali, esperando. nunca gostei de esperar. mas sempre esperei um pouco quieta.
e nunca tive muita paciência.
em 2007 estive prestes a quebrar. quando quase cansada de esperar, quando não sabia mais qual ponto cardeal a bússola apontava, tudo começou a me atropelar. deu medo e remexeu tudo aqui dentro, como chocolate. mas vou me equilibrando em cima do muro, indo e assumindo as consequências.
esse foi um ano maluco, de viradas, de coisas novas, de dores e delícias. cheio do que nunca fiz. saboreio todas as viradas que ele me serviu, e continuo esperando. esse ano agora está vestindo branco e abrindo passagem para todas as outras novidades que a nova idade de 2008 vai trazer.
eu nunca tive muita paciência para esperar. mas sempre vou, pacientemente.
(uma hora, alguém vai apertar o play)
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
(se alguém souber como e a onde achar aquele clip maravilhoso dessa música, fale aí)
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