8.30.2005

frustração

essa manhã frustração tinha cheiro de cigarro e falava várias línguas.

impregnada no meu cabelo e no meu carro, aguando o olho, azedando a boca, de mãos dadas andando comigo.

corroendo meus pulmões, não consigo largá-a. a frustração hoje é um vício e uma necessidade. qualquer que seja a esquina ou a solução das palavras cruzadas, em qualquer posição, entrada ou prato principal e principalmente a sobremesa, ela está comigo e eu a chamo quando desatenta.

impregnada, conversamos junto a uma xícara de café e a mais um cigarro.

já é meio dia.