11.08.2007

Eu já não quero mudar o mundo. E muito menos quero te decepcionar. Mas é isso: já não me esforço em fazer diferença. Se faço, não é um mérito, mas consequencia de estar só equilibrando os mesmos malabares de sempre.

Tenho mais receios do que antes, e eles vieram junto com essa espécie rara de maturidade: a do tempo passado sem ninguém pedir ou enviar solicitação por escrito. Mas não tenho mais medo ser medíocre. Sei que você não espera respostas de mim. E acho que nem me espera entre as cartas e as palavras e as memórias. Eu, quero sempre poder chegar até você.

E é isso que eu sou agora, muito diferente dessa pessoa de há tanto tempo, que te impressionou e que eu percebo que ainda impressiona as suas lembranças. Eu já tive muito medo de viver na média, como todo mundo. Quis ser diferente, me reinventar, ver tudo em movimento. Todas as nossas conversas sempre dançaram ao redor desses assuntos, eu lembro.

Ver tudo, e em movimento. Mas agora eu acho sinceramente - e com muito pouca melancolia - que só quero sossego, segurança, estabilidade, mesmo que medíocre. Não faço questão de grandes paixões, mas de arestas bem aparadas e histórias com um bom roteiro a se desenvolver comigo.

Quero tomar uma vodka sozinha a noite, no meu canto. Quero tomar vinho acompanhada. Quero que seja confortável. Não perfeito.

Eu não te impressiono como eu gostaria. Eu te impressiono, mas não como eu desejaria.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que lindo esse texto....a maturidade realmente é maravilhosa!!!
Viva aos Trinta!!!
Estou amando ter minha amiga de volta!!!Vc voltou, Lê...está de volta e me devolve o lirismo!!!
Te amo muito amiga, mesmo que não diga isso sempre para vc!!
bjo Roberta

cabiria disse...

gracias, rô! foram tantas coisas novas esse ano. eu tô confusa com a maturidade. às vezes eu acho maravilhosa, como você. às vezes ela me deixa meio melancólica, e outras, puxa o meu tapete.
saudades de você. manda lembranças pros negões e leões.